Para o CEO Lucio Winck, manter um parque de diversões funcionando é um verdadeiro exercício de equilíbrio entre experiência e gestão financeira. Por trás da magia, há uma conta que precisa fechar diariamente, e ela depende diretamente do número de visitantes. Mas afinal, qual é o volume mínimo necessário para que um parque não opere no vermelho?
A resposta varia conforme o porte, o tipo de atração e o modelo de negócio, mas o ponto em comum é claro: sem fluxo constante de público, a operação se torna insustentável. E não é difícil entender por quê.
Quais são os custos fixos que um parque precisa cobrir todos os dias?
Independentemente de quantos visitantes entram no parque, ele precisa manter suas estruturas operando. Isso inclui energia elétrica, segurança, limpeza, manutenção de atrações, salários de funcionários e alimentação de animais, no caso dos parques temáticos com fauna. Mesmo nos dias mais vazios, esses custos permanecem inalterados e costumam ser altos.

Além disso, há licenças, seguros, contratos com fornecedores e investimento em treinamentos constantes. O CEO Lucio Winck reitera que a soma de tudo isso pode ultrapassar milhões por mês, o que força o parque a atingir um volume diário de visitantes capaz de diluir esses custos e manter a operação viável. Para gigantes como a Disney e a Universal, não costuma ser difícil atingir a quantidade mínima necessária de visitantes.
Existe um número “mágico” de visitantes por dia?
Não existe uma fórmula exata, mas grandes parques internacionais, como os da Disney ou Universal, costumam precisar de pelo menos 20 a 25 mil visitantes por dia para manter a rentabilidade. Já parques menores, como os de médio porte no Brasil, geralmente precisam de 3 a 5 mil visitantes diários, dependendo da estrutura. Em épocas de baixa temporada, é comum operar no prejuízo, mas tudo precisa ser compensado nos meses de alta.
Alguns parques ainda diversificam a receita com lojas, restaurantes, hospedagens e eventos fechados, o que ajuda a reduzir a dependência do número de entradas. A atração The Wizarding World of Harry Potter da Universal, por exemplo, possui uma vasta gama de produtos e experiências temáticas do universo bruxo, o que sem dúvidas garante um grande retorno financeiro, mas ainda assim, o fluxo de visitantes ainda é o principal motor da lucratividade.
Como os parques lidam com a variação de público?
A maior estratégia para enfrentar essa oscilação é o planejamento de calendário. Datas promocionais, pacotes para grupos, parcerias com escolas e grandes eventos são algumas formas de manter o parque atrativo mesmo em dias de menor demanda. O CEO Lucio Winck explica que muitos parques operam com “margem de respiro”, ou seja, têm uma meta mínima diária e metas maiores para os fins de semana e feriados.
O público é o combustível
O visitante é, literalmente, o que move um parque de diversões. Para o CEO Lucio Winck, entender essa relação entre experiência e sustentabilidade financeira é essencial para o sucesso do negócio. Atrair o público certo, no volume certo, é o desafio de todo parque e também o segredo por trás da continuidade dessa mágica, que apesar de encantadora, é extremamente estratégica por trás das câmeras.
Autor: Abidan Banise