Segundo o tributarista Renzo Bahury de Souza Ramos, a reforma tributária, conforme aprovada na Emenda Constitucional 132/23, trouxe uma onda de preocupações entre os micro e pequenos empreendedores do Brasil. Estes empresários, que representam uma parcela significativa do mercado de trabalho e da economia nacional, veem o Simples Nacional como uma ferramenta essencial para a competitividade e o crescimento de seus negócios.
Com o novo enfoque da reforma, que considera o Simples como uma forma de renúncia fiscal, há um clamor para garantir que esse regime seja mantido e fortalecido para assegurar a sobrevivência e o progresso dos pequenos negócios.
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O impacto do Simples Nacional no emprego e na economia
Como elucida Renzo Bahury de Souza Ramos, os micro e pequenos empreendedores desempenham um papel vital na economia brasileira, sendo responsáveis por 70% das vagas de emprego formais e informais do país. Essas empresas, que representam 90% dos CNPJs no Brasil, também contribuem com 30% do Produto Interno Bruto (PIB). A existência do Simples Nacional é um fator chave para a viabilidade desses negócios, pois o regime simplificado reduz a carga tributária e facilita o cumprimento das obrigações fiscais.
O sistema permite que pequenos empreendedores mantenham seus custos mais baixos e sua competitividade elevada. A proposta de tratá-lo como uma forma de renúncia fiscal pode desestabilizar o mercado, prejudicar a capacidade das pequenas empresas de competir e, consequentemente, afetar negativamente a economia como um todo. Portanto, a continuidade e o fortalecimento do Simples Nacional são essenciais para garantir que esses empreendimentos possam continuar contribuindo significativamente para o mercado de trabalho e para a economia nacional.
A defesa do Simples Nacional no Congresso
O debate sobre a reforma tributária no Congresso é intenso, e a defesa do Simples Nacional continua sendo uma prioridade para muitos representantes. O presidente da frente parlamentar do empreendedorismo, deputado Joaquim Passarinho, tem trabalhado para garantir que o Simples Nacional seja preservado de forma simplificada. Ele aponta que as mudanças propostas no novo sistema de débito e crédito afetam a competitividade das pequenas empresas, especialmente aquelas localizadas na cadeia produtiva intermediária, que enfrentam desafios adicionais para se manter competitivas.
Conforme apresenta Renzo Bahury de Souza Ramos, a manutenção do Simples Nacional é essencial não apenas para a formalização de empresas, mas também para a arrecadação de receitas e o crescimento econômico sustentável. A visão dele é de que, ao garantir o Simples como um regime eficiente e eficaz, o Brasil pode fortalecer seu setor empresarial e promover um ambiente de negócios mais equitativo e dinâmico.
A visão do Sebrae sobre a reforma tributária
Décio Lima, presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), acredita que a reforma representa uma transformação positiva no sistema tributário do Brasil. Lima vê a reforma como um marco regulatório que pode promover a simplificação, o crescimento econômico e a modernização do ambiente de negócios. No entanto, ele também reconhece que ainda existem ajustes necessários para que a reforma atenda plenamente às necessidades dos micro e pequenos empreendedores.
Como evidencia o tributarista Renzo Bahury de Souza Ramos, apesar dos conflitos e desafios remanescentes, a reforma tem o potencial de trazer benefícios significativos, como maior segurança jurídica e um impulso à pequena economia. A conclusão da reforma pode ser benéfica para o Brasil, alinhando o país às melhores práticas globais e reforçando a posição das pequenas empresas no cenário econômico internacional.
A necessidade de preservar o Simples Nacional para o desenvolvimento econômico e a competitividade dos pequenos negócios
Em suma, a permanência do Simples Nacional é uma questão crucial na atual discussão sobre a reforma tributária. Para os micro e pequenos empreendedores, o regime oferece uma base sólida para operar de forma competitiva e contribuir significativamente para a economia brasileira. A pressão para manter e fortalecer o Simples Nacional no contexto da reforma reflete a importância deste sistema para o setor empresarial. Com a contínua defesa de líderes no Congresso e no Sebrae, é imperativo que as mudanças propostas não comprometam a funcionalidade e a eficácia do Simples Nacional, garantindo que os pequenos negócios possam continuar a prosperar e a contribuir para a economia do país.